É isso aí Bicho: contracultura e psicodelia no Brasil

A contracultura brasileira possui elementos que produzem uma combinação explosiva e obscura, há um misto de mitologias e esquecimentos a seu respeito. Ao mesmo tempo em que grandes nomes foram cristalizados como baluartes da oposição e da radicalidade como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Novos Baianos, Raul Seixas e Secos e Molhados, há também um vasto número de artistas contestadores que construíram experimentalismos musicais nos palcos e nos estúdios que foram barrados pela memória social e enquadramentos de memória. Nomes como Spectrum, Ave Sangria, Módulo 1000 e A Bolha soam estranhos ao grande público. Talvez os artistas abordados neste livro apareçam pela primeira vez ao leitor. De acordo com este panorama, o livro tende também a se basear na observação das lacunas deixadas pelos livros sobre a música brasileira, o esforço é o de trazer à tona antigas faces da música brasileira que foram negligenciadas e repousam no esquecimento. Contribuindo assim para o reconhecimento da importância desta produção musical.